Os supermercados iniciaram o segundo semestre do ano sob a influência do mesmo cenário ruim que marcou o primeiro. Em julho as vendas ainda continuaram fracas, em razão basicamente da combinação de três fatores: deflação dos alimentos, forte ambiente promocional motivado pela concorrência e manutenção do comportamento do consumidor de optar por produtos mais baratos.

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O faturamento caiu 3,37% em termos reais em relação a julho do ano passado, aumentando o resultado negativo do ano. Até junho, o setor acumulava perda de 2,74% e agora contabiliza -2,83%, segundo o índice nacional de vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

No primeiro semestre do ano, as vendas em volume físico do setor aumentaram 4,2% enquanto que o faturamento caiu 2,74%, o que comprova a maior saída de produtos mais baratos. A cesta básica da entidade, no mesmo período, recuou 5,16% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto que o IPCA subiu 1,73%.

A previsão da Abras para o ano é de um aumento de vendas de 1% frente a 2005. O porcentual era de 2% a 3% até o mês passado, quando foi revisto. "Vamos ainda manter esta projeção, embora esteja mais difícil atingi-la", afirmou o presidente João Carlos de Oliveira. Segundo ele, o setor espera melhores resultados nos últimos cinco meses de 2006, sobretudo dezembro, que representa em média 12% do faturamento do ano. Além disso, a base de comparação é fraca, o que deve motivar variações positivas.

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