A produção das indústrias do Paraná cresceu 11,4% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o melhor do país. A média nacional foi calculada em 3,9%. Ainda segundo o levantamento, o Paraná avançou 3,6% em março frente ao mês anterior. Neste comparativo, a média brasileira foi de 1,2%.
Os dados do IBGE apontam ainda que, com os resultados de março, as indústrias do Paraná fecharam o primeiro trimestre do ano com alta de 8% na produção na comparação com o mesmo período de 2006. O resultado também foi o melhor do Brasil. A média nacional de crescimento no trimestre ficou em 3,9%.
Na região Sul, o Paraná (3,6%) ficou em março, no comparativo com fevereiro, bem à frente do Rio Grande do Sul (0,9%) e de Santa Catarina (0,0%). Na comparação com o índice mensal, o Paraná (11,4%) também lidera. O Rio Grande do Sul apresentou um taxa de crescimento de 7,4% e Santa Catarina de apenas 1,8% em março de 2007 com relação ao mesmo mês do ano passado.
Na comparação com todos os Estados, ainda na relação de março sobre fevereiro, o Paraná ocupou a terceira posição, juntamente com o Rio de Janeiro. A taxa paranaense e gaúcha de 3,6% foi inferior apenas à apresentada por Minas Gerais (5,3%) e por Pernambuco (4,9%).
A pesquisa do IBGE revela ainda que, na metade dos 14 estados brasileiros pesquisados, dentro do mesmo comparativo, a produção industrial recuou ou permaneceu sem alterações. Os Estados mais afetados foram o Ceará (-4,9%), a região Nordeste (-1,6) e Bahia (-0,2%). São Paulo, Santa Catarina e Pará permaneceram em situação estável (0,0%) no período.
Setores
No confronto março de 2006 com março deste ano, a produção paranaense apresentou alta em 10 das 14 atividades pesquisadas. Os setores que mais cresceram foram os de edição e impressão (53,2%), alimentos (9,3%) e de outros produtos químicos (56,7%). Por outro lado, a principal pressão negativa veio do setor madeireiro (-17,8%), decorrente em grande parte da queda em madeira compensada.
Já no primeiro trimestre do ano, os setores de veículos automotores (17,4%) e de edição e impressão (34,0%) exerceram os impactos positivos mais relevantes no Paraná, impulsionados sobretudo pelos avanços na fabricação de caminhões e automóveis e de livros e brochuras, respectivamente. A principal pressão negativa veio de madeira (-16,6%), com destaque para a queda na fabricação de folhas para folheados.