As indústrias do Paraná começaram o ano de 2005 com aumento na produção, dando prosseguimento ao ritmo de crescimento verificado no ano passado. Segundo levantamento divulgado ontem pelo IBGE, a produção industrial do Estado em janeiro cresceu 10,9%, o terceiro melhor resultado do País. A média nacional foi calculada em 6%.
A taxa do primeiro mês do ano no Paraná só ficou abaixo das da Região Nordeste (12,4%) e Santa Catarina (11,5%). Juntamente com o Paraná, está o Pará (10,9%) e, logo abaixo, aparecem Ceará (10,1%), Minas Gerais (8,4%), Espírito Santo (8,4%), São Paulo (7,7%), Bahia (7,5%), Pernambuco (7,4%), Amazonas (7,2%), Rio de Janeiro (3,4%), Goiás (1,9%) e Rio Grande do Sul (-1,1%).
Com o resultado de janeiro, a expansão industrial do Paraná nos últimos doze meses ficou em 10,5%. Em relação a janeiro de 2004, o crescimento da produção industrial paranaense refletiu a elevação de nove segmentos industriais, com destaque para edição e impressão (192,6%), veículos automotores (35,3%), máquinas e equipamentos (17,1%) e alimentos (7,1%). Por outro lado, a maior pressão negativa veio de outros produtos químicos (-45,3%).
Nos resultados dos últimos 12 meses, 10 segmentos evoluíram positivamente e quatro apontaram declínio na produção. No âmbito dos positivos, o setor de veículos automotores avançou 51,2%, consolidando-se como o maior impacto na taxa da indústria. O segundo melhor resultado do mês, para este tipo de comparação, foi verificado em edição e impressão (54,5%).
Outros dois segmentos que pressionaram positivamente a indústria paranaense, porém em menor intensidade, foram máquinas e equipamentos (22,2%) e alimentos (4,8%). De modo inverso, refino de petróleo e produção de álcool (-11,3%) e produtos químicos (-16,0%) concentram as maiores pressões negativas no pólo industrial do Estado.
Furlan destaca o Paraná em exportações
O crescimento das exportações do Paraná foi colocado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, como um dos fatores que levou o país a atingir a meta de exportações do Governo Federal 22 meses antes do prazo estipulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, US$ 100 bilhões. ?Essa vitória também é do Governo do Estado do Paraná, que viu no comércio exterior uma grande oportunidade de renda e emprego?, declarou Furlan.
As exportações do Paraná atingiram US$ 9,4 bilhões em 2004, um crescimento de 31,4% em relação ao ano anterior. Com este resultado, o superávit da balança comercial do Estado ficou em US$ 5,4 bilhões, o que representou um aumento de 46,4% sobre 2003 e passou a representar 16% do saldo brasileiro. Já as importações cresceram 15,50%, ficando em US$ 4,026 bilhões, o que gerou um superávit de US$ 5,37 bilhões, 46,44% superior ao de 2003.
Segundo o ministro, o Governo do Paraná ?não poupou esforços com o objetivo de estimular o empresário a vender seu produto no mercado internacional?. Um dos destaques no intercâmbio foi a ampliação do comércio com a China, que tem sido o segundo maior comprador dos produtos exportados pelo Paraná. Em 2004, as exportações do Estado aos chineses alcançaram a marca de US$ 1,114 bilhão.
Além da alta nas exportações para a China, o Paraná também vendeu mais para Argentina, Alemanha, Irã e França. No caso da Argentina, a retomada da economia do país vizinho fez com que as vendas crescessem 91,10%, subindo de US$ 321 milhões, em 2003, para US$ 613 milhões. Já o Irã, que subiu da nona para quinta posição entre os parceiros paranaenses, importou US$ 463 milhões, especialmente com embarques de milho e soja.
O relacionamento comercial com a França também foi puxado pela venda de produtos básicos, mas a exportação de motores tem parcela significativa nos US$ 424 milhões exportados aos franceses. Atualmente o país é o sexto no ranking dos parceiros comerciais paranaenses, quatro posições acima em relação a 2003.
Também houve crescimento significativo nas exportações a países que não eram tradicionais compradores de produtos paranaenses. Para a Polônia, o Paraná exportou US$ 32,6 milhões contra US$ 2 milhões em 2003. Já a Venezuela, ampliou as compras com o Paraná de US$ 28 milhões, em 2003, para US$ 120 milhões. O mesmo aconteceu com Portugal, que cresceu 127%, saindo de US$ 51 milhões para US$ 115 milhões.