Produção industrial cresce mais em Estado exportador

Os locais que têm estrutura industrial pouco diversificada e apoiada em commodities foram aqueles que apresentaram os melhores resultados de produção em 2006, segundo o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. Segundo ele, as regiões que registraram expansões acima da média nacional da indústria (2,8%) em 2006 têm forte presença de setores tipicamente exportadores, sobretudo de commodities, são produtores de automóveis e eletrodomésticos ou têm força industrial na produção de bens de capital como computadores ou equipamentos elétricos.

Segundo divulgou hoje o IBGE, as regiões que cresceram acima da média nacional em 2006 foram o Pará (14,2%), o Ceará (8,2%), o Espírito Santo (7,6%), Pernambuco (4,8%), Minas Gerais (4,5%), parte da região Nordeste (3,3%), Bahia (3,2%) e São Paulo (3,2%).

A indústria extrativa impulsionou os crescimentos de produção nas indústrias do Pará e do Espírito Santo em 2006. Os dois Estados estão no topo de todas as comparações de desempenho em dezembro ante o ano anterior e no acumulado de 2006. Além disso, o índice de média móvel trimestral da produção, considerado principal indicador de tendência, mostra expansão de 8,8% na indústria do Espírito Santo no trimestre encerrado em dezembro de 2006 ante o terminado em março do ano passado e aumento de 7 1% no Pará, enquanto na média nacional o crescimento nesse indicador não foi além de 2,7%.

Março foi considerado como base de comparação porque desde então a indústria nacional vem mostrando sinais positivos na média móvel trimestral.

Em dezembro de 2006 ante dezembro de 2005, as indústrias do Pará (8,5%) e do Espírito Santo (10,1%) registraram os maiores crescimentos. Segundo o economista André Macedo, do IBGE, esses locais foram beneficiados no mês por commodities como petróleo e produtos siderúrgicos mas, também, pelo fato de que a indústria extrativa tem produção mais contínua e se ressentiu menos do fato de que dezembro do ano passado apresentou dois dias úteis a menos do que o ano anterior.

No quarto trimestre de 2006, na comparação com igual trimestre do ano anterior, os destaques de crescimento também ficaram com as indústrias paraense (11,7%) e capixaba (10%). Também no acumulado de 2006, os aumentos nas produções do Pará (14,2%, recorde histórico para o Estado) e do Espírito Santo (7,6%) registraram desempenhos bem acima da média nacional (2,8%)
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Macedo explica que a indústria do Pará sofreu impacto muito positivo da produção de minério de ferro e óxido de alumínio, enquanto o Espírito Santo foi impulsionado pelo petróleo e metalurgia.

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