Rio de Janeiro – A produção industrial brasileira cresceu de junho para julho em nove dos 14 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, divulgados hoje (12) pela entidade, fazem parte da esquisa Industrial Mensal Regional.
Apesar do melhor resultado ter sido no Amazonas (crescimento de 3,3%) e no Ceará (aumento de 2,2%), o destaque foi o estado de São Paulo (1,5%), já que ele representa 40% da produção industrial do país.
As quedas mais significativas foram registradas na Bahia (1,6%) e no Paraná (1,2%).
Na comparação com julho do ano passado, 10 dos 14 locais avaliados pelo IBGE apresentaram crescimento na produção industrial. O estado do Pará foi o que teve a maior alta (22%), impulsionado pela extração do minério de ferro.
Mais uma vez, no entanto, o destaque foi o desempenho da indústria paulista (5,0%) que ficou acima do crescimento médio nacional que foi de 3,2% nessa comparação.
Segundo a coordenadora da pesquisa, a economista Isabela Nunes Pereira, o desempenho regional da indústria no mês de julho ?confirmou o movimento suave de crescimento do setor em nível nacional?. Em julho, a taxa de crescimento da produção industrial, apresentada pelo órgão na semana passada, ficou em 0,6%, na comparação com o levantamento anterior.
A economista explicou que os resultados regionais positivos indicam acomodação em relação a junho, quando houve predominância de resultados negativos em 10 dos 14 estados pesquisados. ?Nessa comparação muito próxima, é comum uma acomodação, então, esperávamos um resultado positivo. E foi o que ocorreu?.
O desempenho acima da média nacional do estado de São Paulo, foi sustentado pelos setores sucro-alcooleiro, de veículos automotores e de alimentação, puxados, principalmente, pelo aumento na produção de açúcar e álcool, de automóveis e de sucos de laranja.
Pereira atribiu o crescimento no Amazonas, com forte vocação para as exportações, principalmente ao fim da greve na Receita Federal.
A alta na produção do Ceará resultou do aumento na produção no setor têxtil e de alimentação (castanha de caju), que também estão em grande parte voltados ao mercado externo.
