O programa de produção de peixes para repovoamento do estoque pesqueiro nos rios Piquiri e bacia do Paraná III, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, aumentou o número de municípios atendidos – de nove passou a doze cidades. Pequenos produtores de peixe de Foz do Iguaçu, São Roque de Boaventura e Vera Cruz do Oeste foram incluídos no programa, aumentando em 25% a produção de peixes para repovoamento nos rios da região. A participação desses três municípios irá possibilitar a produção de mais 1,6 milhão de peixes.

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O programa, que estimula a piscicultura com espécies nativas, está sendo desenvolvido e coordenado pelo Centro de Pesquisas em Aqüicultura Ambiental (CPAA), em Toledo. No ano passado, nove prefeituras assinaram convênio e aderiram ao programa: Goioerê, Nova Aurora, Pato Bragado, Missal, Santa Helena, Santa Terezinha de Itaipu, Medianeira, Guaíra e Itaipulândia.

?O diferencial desse programa é que ele é feito em parceria com as prefeituras, e além de beneficiar o meio ambiente aumenta a sustentabilidade financeira do pequeno produtor?, afirmou o coordenador do programa, Taciano Maranhão.

A Prefeitura indica os produtores e também oferece técnicos, ração e auxílio posterior na soltura dos peixes juvenis nos rios. ?Para participar, o produtor deve ter uma infra-estrutura mínima como tanque ou viveiro e rede de arrasto, entrando apenas com a mão-de-obra?, explicou Taciano.

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Os profissionais do IAP ensinam técnicas de criação, produção, soltura e comercialização dos peixes. Já o CPAA, ligado ao IAP, cede as larvas que são mantidas nos tanques até atingirem a fase ?juvenil?, quando podem ser soltas nos rios. Parte da produção fica com os próprios produtores, que podem comercializar os peixes.

O centro conta atualmente com 96 tanques ou viveiros com capacidade para produção de larvas. Além dessa estrutura, com o apoio dos outros nove municípios parceiros foram geradas mais de 6,5 milhões de larvas em um ano. ?A expectativa é chegar a 10 milhões de larvas produzidas até fevereiro de 2007?, adiantou o coordenador.

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Ele ainda salientou que o município gasta em torno de R$ 2,5 mil para produzir 50 mil alevinos. ?Se o piscicultor iniciar o projeto em larga escala, poderá ter um ganho de até R$ 5 mil para cada lote de 50 mil peixes?, explicou. O peixe juvenil tem um valor comercial de R$ 0,10 a R$ 0,15 a unidade, dependendo da espécie. ?Somente em Goioerê, onde foram geradas mais de dois milhões de larvas das espécies pacu, curimba, jundiá e piapara, um produtor chegou a receber R$ 15 mil com a venda dos peixes?, disse Taciano. (AEN)