Rio de Janeiro – Em 2006, a produção brasileira de papel deve ser de 8,8 milhões de toneladas e a de celulose, de 11 milhões. Os números representam um crescimento de 1,8% e 6,3%, respectivamente, em relação ao volume produzido em 2005. As exportações do setor devem atingir US$ 3,9 bilhões, um aumento de 14,5% sobre os US$ 3,4 bilhões registrados em 2005. As projeções são da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).
De acordo com o presidente do conselho deliberativo da entidade, Horácio Lafer Piva, o consumo brasileiro, da ordem de 39,5 quilos por habitante ao ano, ainda é baixo se comparado ao de outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, são 312 quilos por habitante ao ano. A média mundial é de 59 quilos.
?O espaço de crescimento no Brasil é enorme?, disse Piva, acrescentando que o setor apresenta fatores que inibem o desenvolvimento, como a alta carga tributária. ?O Brasil é um dos únicos países do mundo que tributam investimentos. Um setor como este, que tem projetos de investimentos, paga uma conta muito alta?.
Atualmente, o Brasil é o 7º maior produtor mundial de celulose de todos os tipos, ocupando a liderança na produção de celulose de fibra curta de mercado. No ano passado, as vendas ao mercado somaram 6 milhões de toneladas, das quais 5,2 milhões foram destinadas à exportação.
Esta semana, representantes do setor debateram o assunto no encontro que abriu o ciclo de reuniões setoriais que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoverá com as indústrias de base do país.