A produção de gás natural em setembro caiu para o menor nível nos últimos dois anos, atingindo 46,037 milhões de metros cúbicos diários, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse patamar ficou 0,26% abaixo do registrado em setembro do ano passado e 0,60% menor do que o observado no mês anterior (agosto). É o segundo mês consecutivo de queda num período em que a Petrobras aumentou de forma expressiva a produção de petróleo.
Em valores absolutos, a produção de setembro ficou quase três milhões de metros cúbicos abaixo do observado em agosto. No acumulado do ano, a média deste ano está em torno de 48,356 milhões de metros cúbicos, praticamente igual aos 48,447 milhões de metros cúbicos registrados nos nove primeiros meses do ano passado.
Com a queda da produção, o gás natural efetivamente disponível para o mercado interno ficou em 26,753 milhões de metros cúbicos diários em setembro, o mesmo nível observado há 12 meses, com variação de apenas 0,11%. Do total produzido pela Petrobras em setembro, 7,672 milhões de metros cúbicos foram reinjetados; a estatal usou 7,258 milhões de metros cúbicos em suas próprias instalações (plataformas e refinarias); e os outros 4,358 milhões acabaram queimados.
Este ano a Petrobras tem conseguido reduzir o desperdício do combustível, mesmo com o início de operação de novas unidades de produção. No primeiro semestre, a queima de gás natural chegou a atingir 6,657 milhões de metros cúbicos em maio e desde então vem registrando declínio. Com isso, a empresa quase conseguiu voltar ao patamar do início do ano. Em dezembro passado, por exemplo, a queima oscilou em torno de 4 milhões de metros cúbicos diários, caindo para 3,836 milhões de metros cúbicos em janeiro.
