A produção física da indústria de alimentação recuou 0,54% em julho, em relação a junho, de acordo com pesquisa conjuntural realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), que em junho havia registrado alta de 11,95% sobre maio. Para o Departamento de Economia da entidade, a piora se explica pela sazonalidade do mês, que coincide com as férias de inverno e, por isso, apresenta tradicional acomodação nos níveis de produção.

Apesar disso, o setor registrou alta de 1,73% nas vendas reais em julho, deflacionadas pelo índice da Fipe para alimentos industrializados e semi-elaborados, ante crescimento de 8,59% do mês anterior (frente a maio). Na avaliação dos economistas da Abia, esse resultado confirma a curva ascendente de crescimento do setor, que deve concluir 2004 com uma expansão de 4% a 4,5% em produção e de 3,8% a 4% em vendas.

No acumulado do ano até julho, a produção física aumentou 4,82%, as vendas reais subiram 4,07% e o faturamento total, 7,13% (todos os porcentuais comparativos ao período de janeiro a julho de 2003). Outro dado positivo é que o salário médio real (deflacionado pelo INPC do IBGE) pago pelas indústrias de alimentação subiu 6,94% no acumulado do ano.

Segundo a pesquisa da Abia, sorvetes, refrigerantes e sucos ficaram entre os destaques do mês de julho, ao registrarem alta de vendas entre 20% e 30%, apesar de serem produtos típicos do verão. Diante das perspectivas positivas, a associação já prevê vendas 8% maiores no Natal de 2004.
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