A Petrobras interrompeu as atividades de produção no Equador desde sexta-feira, devido aos bloqueios em estradas da região. A petrolífera também teve de retirar todos os trabalhadores do bloco 18, localizado na província de Orellana, na região amazônica do país.

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"A infra-estrutura de petróleo está sob controle desde quarta-feira. No entanto, as estradas de acesso para os campos estão bloqueadas, então, a companhia decidiu evacuar a área e paralisar a produção por questões de segurança", disse o general Jorge Pena, comandante militar da região.

O problema começou na terça-feira passada, quando diversos manifestantes de comunidades locais cercaram o bloco. O grupo foi retirado pela polícia no dia seguinte, mas conseguiu bloquear diversas estradas de acesso às instalações.

Os moradores de 10 comunidades da região têm exigido que a petrolífera invista até US$ 2,5 milhões em infra-estrutura local – na pavimentação de estradas e fornecimento de água potável. A estatal brasileira produz 35 mil barris de petróleo por dia no Equador. A produção total do país é de aproximadamente 530 mil barris por dia.

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De acordo com Pena, o exército é responsável por toda a infra-estrutura de petróleo, mas a polícia – que responde pelo controle das estradas – "infelizmente está completamente ausente. Conseqüentemente, as estradas e o acesso ao campo de petróleo permanecem bloqueados". As comunidades locais protestaram contra a Petrobras em janeiro, mas o impasse foi resolvido com a ajuda da mediação do governo.

Em comunicado divulgado no final de semana, o Ministério da Energia declarou que os problemas em Orellana refletem a "nova expressão da cultura de greve altamente disseminada e presente na região amazônica, demonstrando a falta de capacidade e iniciativa do governo em administrar problemas sociais surgidos a partir do desenvolvimento de projetos de energia e mineração".

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De acordo com comunicado, o governo tem planos de formar uma equipe de trabalho que tornará possível firmar acordos políticos de longo prazo com a participação de membros da comunidade local. O documento, entretanto, não cita qualquer ação concreta para resolver os atuais problemas, visando permitir a retomada das operações da petrolífera. As informações são da Dow Jones.