O impasse judicial sobre as obras na Marina da Glória para a realização das competições de vela nos Jogos Pan-americanos do Rio deve terminar no início de fevereiro
A procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Gisele Porto aceitou o pedido de audiência proposto pelo presidente do Comitê Organizador dos Jogos pan-americanos (CO-RIO), Carlos Arthur Nuzman, e juntos tentarão achar uma solução para o caso
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)acusou o CO-RIO de apresentar um projeto em discordância com as leis de proteção do local, que é tombado
Em entrevista à Agência Estado, Nuzman fez um apelo ao ?bom senso? e sugeriu que uma reunião com a procuradora seria o suficiente para evitar que a briga judicial perdurasse e a vela fosse excluída da programação dos Jogos. Na reunião, a ser marcada para a primeira semana do próximo mês, o dirigente tentará mostrar que somente a Marina da Glória tem condições de receber as provas e irá propor a construção de instalações provisórias
?Não tenho condições de colocar atletas circulando com sócios do Iate Clube. E não sou eu que não quero. É a Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana) quem proíbe. A Escola Naval também não oferece espaço suficiente?, frisou Nuzman, ao explicar o motivo de insistir para que as disputas ocorram na Marina da Glória. ?Não é possível para um País litorâneo como o nosso, com três bicampeões olímpicos, não ter uma marina para receber grandes eventos.