Brasília – O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, descartou hoje (15) a prisão preventiva do empresário Marcos Valério. Segundo ele, a prisão do empresário obrigaria à conclusão do inquérito sobre o suposto pagamento de mesadas a parlamentares, o chamado "mensalão", em cinco dias.
"Eu não tenho a conclusão do inquérito e a polícia não tem condições de concluir em cinco dias. O inquérito se desenvolve com observância de prazos. Se eu não tenho ninguém preso, não está submetido a prazo. Há um juízo de necessidade e de oportunidade que tem de ser feito", esclareceu.
O procurador comentou, ainda, as declarações feitas por parlamentares de que o Judiciário estaria interferindo nas atividades do Legislativo. "Eu cumpro meu dever e cada um cumpre o seu. Questionamentos que a CPMI possa fazer da conduta do judiciário no exercício da sua função faz parte do estado democrático de direito. O que não pode haver é que essas crises se transformem numa crise institucional", disse.
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