Os processos de cassação dos deputados que tiverem seus nomes citados pela CPI das Sanguessugas, que apura a fraude na venda de ambulâncias envolvendo dinheiro público, vão esbarrar em dificuldades que vão desde a quantidade de acusados e o ano eleitoral até a diversidade de partidos citados. A perspectiva de haver algum julgamento neste ano é nula. A CPI investiga pelo menos 87 deputados, número muito maior do que o de integrantes do Conselho de Ética da Câmara, colegiado responsável pelo processo de cassação. No conselho são 15 titulares e 15 suplentes. Não haverá relatores suficientes para cada processo.

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Além disso, são 12 partidos diferentes, o que pode facilitar acordos políticos para livrar os acusados ou certa falta de interesse de puni-los. No escândalo do mensalão foram 14 deputados acusados e, um ano e dois meses depois, os processos ainda não foram encerrados. Falta julgar o deputado José Janene (PP-PR). A absolvição de 11 mensaleiros e a cassação de apenas três reforçou a idéia de que houve um acordão entre os partidos envolvidos.

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