A Previdência Social deu início hoje (3) à suspensão do pagamento de 80.989 aposentadorias e pensões cujos beneficiários, convocados desde o mês de outubro, não apareceram na rede bancária para fazer o recadastramento. Preocupado com a repercussão negativa que o corte do pagamento poderá causar, o ministro da Previdência Social, Nelson Machado, fez um pronunciamento na noite de domingo para avisar aos segurados que o pagamento será liberado em no máximo 13 dias, caso o beneficiário que teve a aposentadoria suspensa compareça ao banco e participe do censo.
O Banco do Brasil, o Bradesco e a Caixa Econômica Federal já comunicaram à Previdência que pagarão imediatamente, sem esperar o desbloqueio da Dataprev, aos segurados que comparecerem ao seu balcão portando os documentos necessários para o recadastramento Os três bancos juntos, segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), são responsáveis pelo pagamento de 63% das aposentadorias e pensões. Para fazer o recadastramento, o segurado precisa levar ao banco um documento de identidade com foto, CPF e um comprovante de residência.
A suspensão do pagamento dos que não responderam ao censo ocorre na mesma data do pagamento mensal normal dos 23,9 milhões de beneficiários do INSS. Eles recebem do primeiro ao quinto dia útil de cada mês, de acordo com o número final do benefício. Hoje, por exemplo, a Previdência pagou os segurados com final de benefício 1 e 6. A folha mensal da Previdência Social ultrapassa a R$ 11,3 bilhões.
A Previdência Social explica que a suspensão do pagamento só ocorreu depois de vários avisos e meses de espera pelos segurados. Todos eles foram informados da necessidade de atualizar os dados cadastrais todas as vezes que sacaram o benefício, seja em terminais bancários de atendimento automático ou no próprio caixa do banco.