“Prévias só são necessárias se houver divergência”, diz FHC

São Paulo – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje, em São Paulo, que não haverá necessidade de o partido realizar prévias para escolher o candidato às eleições de 2006. "Prévias só são necessárias se houver divergência.

Mas temos maturidade suficiente para chegar a um acordo" afirmou, na chegada ao Seminário Renovar Idéias: Política Monetária e Crescimento Econômico no Brasil. Fernando Henrique admitiu que a demora na definição do nome da legenda pode beneficiar, no momento, a eventual candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Quem define a candidatura é o sentimento popular; temos de ver, na hora da escolha do candidato, qual será esse sentimento", afirmou. Embora a indefinição da sigla possa trazer benefícios a Lula, o ex-presidente diz que a decisão final sobre quem será o próximo presidente só será tomada "daqui a algum tempo", nas eleições.

"A população posiciona-se no período mais próximo às eleições e sempre há mudança muito grande de opinião durante a campanha", afirmou. FHC disse ter segurança em que a agremiação terá um candidato capaz de levantar de novo a confiança do povo.

Isso porque, segundo ele, o PSDB tem um passado de seriedade, de capacidade técnica e gerencial, nunca enganou o povo e tem visão do que precisa ser feito agora. FHC reiterou que o partido chegará a um consenso sobre o nome do candidato, mas, sobre o que aconteceria caso não haja convergência, declarou que não se pode levantar questões antes da hora.

Também sobre a posição do prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB), em relação à candidatura, o ex-presidente garantiu que não o vê há pelo menos dez dias, pois estava em viagem à Colômbia.

"O fato é que ele nunca disse que é candidato. As coisas precisam amadurecer e nós ainda temos tempo para definir quem será nosso candidato." FHC acredita que é preciso ver o quadro do sentimento popular no momento da escolha.

Sobre se o tempo fosse agora, quem apoiaria, o ex-presidente respondeu: "imagina se eu nasci ontem." FHC admitiu entender a ansiedade dos políticos e da imprensa em relação ao candidato do partido, mas destacou que, como está fora da política, tem menos "ansiedade". O ex-presidente prometeu continuar a falar sobre o Brasil e a política nacional toda vez que tiver oportunidade.

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