O grupo alimentação puxou a alta de 0,53% do IPC-Fipe na segunda quadrissemana do IPC, informou hoje (18) o coordenador do índice, Paulo Picchetti. O número confirma a trajetória de desaceleração iniciada na primeira quadrissemana quando o índice subiu 0,59% depois de ter fechado em alta de 0 63% em outubro. Portanto, do final do mês passado até agora o IPC-Fipe já desacelerou seu ritmo de alta em 0,10 ponto porcentual.
O grupo alimentação, com alta de 0,65%, subiu 0,06 ponto porcentual comparativamente à taxa de 0,59% na medição anterior. Os maiores movimentos no grupo, segundo Picchetti, foram observados nas carnes e nos alimentos in natura. "Os dois estão na contramão um do outro", disse o coordenador.
A carne bovina recuou 0,70%. "É uma queda pequena, mas se olharmos a trajetória anterior, ela é representativa", acrescentou Picchetti, referindo-se às altas de 9,4% na conta relativa ao fechamento de outubro e de 4,2% na primeira semana de novembro.
O coordenador ressaltou que os preços das carnes no varejo têm confirmado os movimentos verificados no campo. O índice de preços recebidos pelo produtor rural (IPR) na segunda quadrissemana de novembro mostrou uma queda de 0,87% nos preços das carnes. Tudo isso mostra que o preço da carne tende a cair já nas próximas coletas da Fipe.
Picchetti manteve a sua projeção de 0,50% para a inflação em novembro, porque o movimento esperado de queda da carne bovina compensará em parte os aumentos previstos para os alimentos in natura. Para o ano ele espera 5%.