Rio de Janeiro – O Índice Geral de Preços?10 (IGP-10) subiu 0,36% no mês de setembro. O resultado ficou 0,09 ponto percentual acima dos 0,27% registrados em agosto. O índice, que considera a variação de preços entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês atual, funciona como a primeira prévia da inflação mensal.

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De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (14) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), houve aceleração de preços no atacado e no varejo, enquanto recuaram os preços na construção civil.

O Índice de Preços por Atacado (IPA), responsável por 60% do índice total, registrou alta de 0,45% contra os 0,31% de agosto. O avanço foi puxado principalmente pelos preços de matérias-primas brutas, que passaram de 0,19% em agosto para 1,76% em setembro.

Os principais destaques foram bovinos (de 3,91% para 10,18%), aves (de -7,79% para ?0,09%) e laranja (de 1,07% para 21,69%).

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Também contribuíram para a elevação do IPA os preços de bens intermediários, que passaram da taxa de 0,18% no mês anterior para 0,38% no atual levantamento, puxado principalmente pela elevação em suprimentos, cuja taxa passou de ?0,87% para 0,94%.

Foi registrada deflação nos preços de bens finais, que passaram de uma elevação de 0,60% em agosto para ?0,40% em setembro, influenciado pelos alimentos in natura, que recuaram 4,23 pontos percentuais, registrando variação de ?1,71% em setembro.

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O levantamento da FGV também indicou aceleração nos preços do varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do total do IGP-10, sofreu elevação de 0,09% para 0,22% na passagem de um mês para o outro. O movimento foi impulsionado pelo item Habitação, que vinha de uma deflação de 0,18% em agosto e registrou alta de 0,21% em setembro.

Os destaques foram os preços da tarifa de eletricidade residencial (de ?0,45% para ?0,08%), taxa de água e esgoto residencial (0,40% para 1,69%) e gás de bujão (0,07% para 0,36%).

Também contribuíram para o resultado do IPC os preços do grupo Alimentação (de 0,47% para 0,61%), puxado pelas carnes bovinas (-0,22% para 4,07%) e hortaliças e legumes (-4,84% para ?3,72%), e ainda do grupo Vestuário (de ?1,19 para ?0,44%), influenciado por roupas (-1,76% para ?0,70) e calçados (-0,54% para ?0,27).

Quanto aos preços da construção civil, o movimento foi inverso. O Índice Nacional da Construção Civil (INCC), responsável por 10% do índice total, desacelerou 0,25 ponto percentual, passando de 0,41% em agosto para 0,16% em setembro. A variação foi influenciada pela elevação menos intensa nos preços de mão-de-obra (de 0,61% para 0,02%). Houve, no entanto, aumento mais expressivo dos preços de materiais (de 0,25% para 0,30%) e serviços (de 0,14% para 0,16%).