Quase 8 milhões de brasileiros, o equivalente à população do Ceará ou da Áustria, têm a renda comprometida com o financiamento de um veículo. Instituições financeiras travam acirrada disputa para atrair e ampliar essa massa de consumidores que tem ajudado a indústria automobilística a bater recordes de vendas. Feirões e sorteios, ações antes promovidas por montadoras e lojistas, hoje são também estratégias de bancos para vincular sua bandeira ao crediário do carro novo ou usado.

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Até fevereiro, o saldo da carteira de financiamento de veículos por meio do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) somava R$ 65,3 bilhões. Em dezembro, estava em R$ 63,5 bilhões, uma variação de 306,5% ante o acumulado de 2000, de R$ 15,6 bilhões, segundo cálculos de Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Com contratos de leasing, o volume acumulado até o primeiro bimestre beira os R$ 80 bilhões. A Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) projeta crescimento de 25% este ano nos recursos do Sistema Financeiro Nacional para a compra de veículos a prazo.

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