Presos policiais civis envolvidos em exploração sexual infantil

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná, através da Corregedoria da Polícia Civil, prendeu na manhã desta sexta-feira (19), em Curitiba, onze policiais civis, entre eles dois delegados, seis investigadores, um escrivão e dois agentes administrativos, na operação batizada como ?Navalha na Carne?. Mais três policiais devem se apresentar à Corregedoria. Eles são acusados de crimes como concussão (extorsão feita por funcionário público), formação de quadrilha, exploração sexual comercial infanto-juvenil, corrupção de menores, estupro e atentado violento ao pudor.

?Esta foi a maior operação da história de combate à corrupção da Polícia Civil no estado. É mais uma prova que não perdoamos desvios de conduta e não vamos aceitar criminosos dentro das instituições que estão aqui para defender a população?, afirmou o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, em coletiva de imprensa realizada no Palácio Iguaçu. Também participou da coletiva a delegada corregedora Charis Negrão Tonhozi.

Os policiais presos atuavam no 4.º, 7.º e 12.º Distritos Policiais, localizados nos bairros São Lourenço, Vila Hauer e Santa Felicidade, em Curitiba. Os nomes dos presos e detalhes do caso não podem ser divulgados por ordem judicial. Toda a investigação foi coordenada pela Corregedoria da Polícia Civil do Paraná, com participação do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). O secretário Luiz Fernando Delazari acompanhou pessoalmente todas as apurações.

?A Polícia Civil atingiu a sua maturidade, o seu ponto alto e está plenamente preparada para enfrentar a criminalidade externa e internamente. Batizamos a operação com o nome Navalha na Carne, porque foi a primeira vez que a Corregedoria conduziu uma investigação desse porte e realizou esse alto número de prisões sem ajuda de órgãos externos. Foi um trabalho de limpeza ética admirável e que continuaremos fazendo?, disse Delazari.

A operação simultânea para as prisões começou às 6h desta sexta-feira (19). Participaram da operação, sete investigadores e seis delegados da Corregedoria da Polícia Civil. Foram cumpridos onze mandados de prisão temporária, dos 14 expedidos pelo Juiz da Vara de Inquéritos.

Os advogados dos outros três investigadores que não foram localizados, comunicaram à Corregedoria que iriam apresentar seus clientes ainda na sexta-feira (19). Caso não se apresentem nos próximos 30 dias, o vínculo com a administração pública permite abertura de processo por abandono de cargo.

Além dos 14 policiais investigados, já foi presa mais uma pessoa envolvida com o caso e existe ainda um mandado de prisão em aberto para ser cumprido. ?Nossas equipes ainda estão buscando esta pessoa e investigando o envolvimento de outras?, confirmou a delegada corregedora, Charis Negrão Tonhozi.

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