Presos estão rebelados em três penitenciárias do Espírito Santo

Dois reféns e dois presidiários foram libertados hoje pelos amotinados da Casa de Passagem de Vila Velha, na Grande Vitória (ES). Os 740 presos estão rebelados desde quarta-feira e mantêm quatro reféns. Eles querem a transferência de cinco presos da Polícia Federal para presídios capixabas.

Foram registrados neste sábado motins em mais duas penitenciárias no Espírito Santo, no Presídio de Segurança Máxima (PSMA) e no Presídio de Linhares, no norte do estado. Como hoje foi dia de visita, os detentos fizeram os próprios familiares reféns. A assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça não soube informar quantas pessoas ainda estão em poder dos presos nas duas unidades. O Batalhão de Choque da PM foi chamado para tentar controlar a situação.

Na manhã de hoje os presos da Casa de Passagem de Vila Velha, libertaram a refém Amália Clauq, de 53 anos, e o detento A. T. C., de 18 anos. Os dois estavam passando mal e foram levados para um hospital próximo. Amália é hipertensa. O presidiário Carlos Roney Ramos de Souza, de 22 anos, também deixou a penitenciária como parte das negociações, mas a Secretaria de Justiça (Sejus) não explicou o motivo e nem para onde foi levado.

À tarde foi a vez do pastor da Assembléia de Deus de Nova Rosa da Penha, em Cariacica, Manoel Anastácio Ribeiro, de 68 anos, ser solto pelos amotinados. Ele estava em poder dos presos desde a quarta-feira e foi libertado às 14 horas.

Na quinta-feira, já tinha sido liberada outra refém, Maria do Carmo, em troca de comida para os presos. Um preso morreu asfixiado durante incêndio dentro da unidade. Quatro detentos se jogaram do último andar do prédio, mas não se feriram. Na sexta-feira, os presos colocaram um dos reféns , um agente penitenciário, de cabeça para baixo do lado de fora do presídio a cerca de 10 metros de altura.

Dois ônibus foram incendiados na Grande Vitória durante a rebelião, mas a Sejus diz que não se pode concluir ainda se há ou não relação com a revolta e que os casos estão sendo investigados. Segundo a Secretaria, o motim ocorreu quando um grupo de presidiários tentou fugir pelo portão da frente do presídio, causando a reação da guarda que atirou e feriu dois detentos de raspão.

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