Os 39 suspeitos, presos durante a Operação Desmonte, realizada em 14 cidades das regiões Oeste e Noroeste do Paraná, foram encaminhados nesta sexta-feira para várias delegacias do interior do Estado. A Operação começou na madrugada de quinta-feira só terminou por volta das 6h da manhã seguinte. De acordo com o major Mauro Alves, um dos comandantes da Operação, depois do cumprimento dos mandados judiciais a polícia passou praticamente dez horas formalizando as prisões e apreensões.
No total, 41 quilos de maconha foram apreendidos, além de duas placas de carros (possivelmente “frias” usadas para atravessar carros roubados para o Paraguai) e oito armas de fogo. Os objetos foram encontrados durante a revista na casa de vários procurados. Das 39 prisões, 33 foram por cumprimento de mandados judiciais e as outras seis, em flagrante por envolvimento com os procurados.
Apesar do balanço final, a Operação ainda não está encerrada. A polícia ainda procura 14 pessoas que já têm mandado de prisão expedido pela Justiça, entre elas estaria uma investigadora da Polícia Civil. Sete dos foragidos estariam escondidos no Paraguai.
A Operação Desmonte é considerada a maior ação policial conjunta contra o crime organizado da história do Estado. Duzentos policiais militares e civis, com o apoio do Ministério Público e da Polícia Federal de Guaíra, trabalharam simultaneamente para cumprir 101 mandados judiciais (47 de prisão e 54 de busca e apreensão) contra integrantes de uma megaquadrilha de roubo, travessia e receptação de veículos na região da fronteira (Brasil-Paraguai). De acordo com o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, a quadrilha era responsável pela passagem de cinco a dez veículos roubados, por dia, para o Paraguai. Além disso, os integrantes da quadrilha também eram responsáveis pelo tráfico de drogas e de armas.
