O clima está tenso no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, chamado de Big Brother por ser o presídio mais vigiado do País, no interior de São Paulo. Detentos acusam um diretor e funcionários de incentivar brigas entre facções rivais e também por maus-tratos, espancamentos e abuso de autoridade.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) nega as denúncias de agressões. O CRP tem capacidade para 160 detentos e abriga presos do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Brasileiro Revolucionário da Criminalidade (CRBC). Todos cumprem castigo em regime disciplinar diferenciado (RDD).
As acusações feitas pelos presidiários viraram caso de polícia. Dois inquéritos foram abertos na Delegacia de Presidente Bernardes. Um é de lesão corporal dolosa e envolve o preso Paulo Cesar Souza Nascimento Júnior, o Paulinho Neblina. O outro inquérito é de ameaça e foi instaurado para apurar as denúncias contra os funcionários acusados de incitar briga entre facções. Este último caso também é investigado em sindicância interna aberta pelo diretor-geral do CRP, Luciano César Orlando.