Cerca de 300 dos 380 presos da Penitenciária Industrial de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná  encerraram no fim da manhã de hoje uma greve de fome que começaram na segunda-feira. Eles queriam, entre outros benefícios, sobremesa, televisão nas celas, mais tempo de visitas e quadra poliesportiva. Mesmo com o fim da greve pela manhã, receberiam alimentação somente no jantar. 

Nenhum dos pedidos foi atendido e eles perderam benefícios que tinham conseguido nos cinco meses de funcionamento da unidade. Segundo a diretora da penitenciária, Margarete Rodrigues, os presos ficaram sem comer somente terça-feira e hoje, pois eles haviam programado a manifestação e guardaram alimentos nas celas.  

Para ela, a manifestação foi uma tentativa de lideranças estabelecerem o poder dentro da unidade. ?Foi uma manifestação sem consistência, porque nem superlotação existe?, disse Margarete. A capacidade da penitenciária é para 490 presos.

Perdas – Em razão da manifestação, os presos terão reduzidas as duas horas diárias de televisão. Além disso, a maioria dos detentos trabalhava e recebia salário mensal, o que lhes permitia que fizessem compras a cada 15 dias. O trabalho também ajudava a diminuir o tempo de pena. O trabalho foi suspenso temporariamente.

As visitas também não poderão mais entrar com alimentos. ?Vão voltar à estaca zero naquilo que tinham conquistado nos cinco primeiros meses?, disse a diretora. Na unidade, os presos têm roupas esterilizadas na lavanderia e alimentação inspecionada pela vigilância sanitária.

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