A Polícia Federal de Curitiba prendeu nesta quinta-feira (10) nove sem-terra do Assentamento João Maria de Agostin, em Teixeira Soares, no sul do Paraná. Seis homens e três mulheres são acusados de formação de quadrilha para corte e venda de madeira de forma ilegal. O Movimento dos Sem-Terra (MST) divulgou nota afirmando que eles não são integrantes do grupo.

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De acordo com a PF, um carregamento de madeira cortada ilegalmente da área de reserva do assentamento já tinha sido interceptado há cerca de dois anos. Há um ano, houve nova apreensão. A polícia iniciou, um trabalho de investigação e acabou identificando que a ilegalidade vinha sendo cometida pelos líderes do assentamento, agora presos. Os nomes não foram revelados. Segundo a polícia, por serem líderes, eles convenciam os outros assentados a ajudar na extração.

A assessoria do MST disse que o movimento já vinha denunciando crimes ambientais ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Segundo o movimento, os problemas no assentamento começaram desde sua criação, em 1998, quando 50 famílias foram instaladas. Por decisão do Incra, entre elas estariam 16 famílias de outra entidade, conhecida como Associação Estrela do Sul. "O MST denunciou o crime ao Incra e a superintendência atual decidiu apurar as irregularidades", diz a nota. A assessoria de imprensa do Incra informou que, caso sejam comprovadas as irregularidades, as famílias podem perder o direito à terra.

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