Agentes da Polícia Federal, em parceria com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, Polícias Civil e Militar do Estado e com suporte do Ministério Público deflagraram nesta quinta-feira (12) a Operação Aveloz, com o objetivo de desarticular uma quadrilha formada por policiais, pistoleiros e empresários que atuavam na área de Caruaru, agreste do Estado. Pelo menos 20 pessoas já foram presas.
As investigações tiveram início ainda na primeira quinzena de fevereiro de 2007, por iniciativa conjunta de autoridades das esferas federal e estadual. A quadrilha atuava de diversas maneiras, como uma "empresa do homicídio", que atendia a uma variada demanda de empresários, agiotas, pessoas contrariadas e desafetos em geral.
A Polícia Federal constatou que uma média de 3 a 4 homicídios eram cometidos semanalmente pelos criminosos, produzindo a estatística de aproximadamente 200 homicídios por ano. Os preços das "encomendas" variavam de 1.000 a 5.000 reais.
Serão cumpridos mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão, de quebra de sigilo bancário e fiscal, de bloqueio de contas correntes, e seqüestro de bens, na região do agreste pernambucano, no Pará e em Alagoas.
São alvos de prisão dois dos principais mandantes, que também funcionavam como financiadores dos crimes; e policiais militares com patentes de soldado a sargento. Os policiais chegavam antecipadamente à cena do crime, desfazendo os vestígios do homicídio, para garantir a impunidade dos cúmplices.
A operação foi executada por policiais federais do Comando de Operações Táticas da PF COT e cerca de 350 policiais das superintendências do DPF em Pernambuco, Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Paraíba e Rio Grande do Norte, todos coordenados pela Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco. Policiais militares e civis da SDS de Pernambuco trabalharam em conjunto com seus colegas federais, no cumprimento das ordens judiciais.