O piloto Marcelo Coelho de Souza negou nesta sexta-feira (17) ter conhecimento dos US$ 709 mil e mais R$ 10 mil, que estava no Cessna 210 prefixo PT-JUF, quando foi contrato para pilotar o avião. A aeronave caiu terça-feira, na Fazenda Bonito, em São Gabriel do Oeste, região norte de Mato Grosso do Sul, a 140 quilômetros de Campo Grande.

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Ele contou ao delegado Antônio Carlos Knoll, da Superintendência da Polícia Federal, que foi contratado pelo proprietário do aparelho, o fazendeiro paulista, Carlos Roberto Fernandes. A tarefa era levar para São Paulo uma carga de medicamentos veterinários, principalmente hormônios para bovinos.

Depois de decolar de um local não revelado, da região de São Gabriel do Oeste, voou até São Paulo. quando atingiu a região noroeste paulista, recebeu telefone de amigos, avisando que os medicamentos eram contrabandeados e que a aeronave estava com muito dinheiro a bordo. Não teve dúvidas em voltar para o MS, porém pouco antes de descer em São Gabriel do Oeste, o avião ficou sem combustível forçando manobra radical que acabou em acidente. O Cessna foi parcialmente pelo fogo que atingiu a aeronave logo depois da queda.

Marcelo disse também que preferiu fugir temendo complicações com a polícia. Confirmou que pediu aos empregados da fazenda para guardar a lata contendo os dólares. O advogado do piloto, Otavio da Silva, afirmou que não havia droga no avião. O delegado Knoll informou apenas que as investigações continuam em torno do assunto.

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