Agentes da Polícia Federal em Minas Gerais prenderam nesta sexta-feira (1º) em flagrante Diógenes Moreira Gonçalves, 55 anos, que tentava sacar um benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) obtido de forma fraudulenta em nome de outra pessoa. Diógenes foi preso em uma agência do Unibanco, no centro de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com ele foram apreendidos uma carteira de trabalho adulterada e vários documentos em nome de terceiros.
Segundo a delegada Cristina Camatta, uma investigação iniciada há cerca de um ano apontou Diógenes como o "cabeça" de uma quadrilha especializada em golpes contra o INSS no Estado. Outras oito pessoas já foram identificadas como sendo supostos integrantes do grupo. "Há indícios da participação de servidores públicos", disse Cristina. A delegada afirmou ainda que mais de 100 segurados são suspeitos de se beneficiar indevidamente do esquema.
A PF apurou que as fraudes consistiam na aquisição de empresas cujas atividades já estavam paralisadas, mas sem que fosse dada a baixa na Junta Comercial. "Diógenes era a pessoa que adquiria as empresas", destacou Cristina. Com o CNPJ das firmas, eram lançadas em carteiras de trabalhos vínculos empregatícios fictícios. Por meio das carteiras de trabalho "esquentadas" e de documentação furtada, a quadrilha conseguia os benefícios ilegalmente.
Diógenes foi autuado em flagrante por estelionato qualificado, praticado contra entidade pública. A delegada informou que o INSS vai bloquear todos os benefícios mencionados no inquérito.