O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu, em Curitiba, um homem acusado de alugar armas e vender munições e explosivos para criminosos, usando um falso escritório de publicidade para fazer os negócios. Segundo os policiais, Marcelo Claudino da Cruz, 27 anos, é integrante da quadrilha apontada como responsável pelas mortes de um servidor público e do filho de um agente penitenciário, além de um atentado frustrado com uma granada no Jardim Social. Doze integrantes do grupo foram presos na semana passada pelo Cope. A prisão de Cruz é um desdobramento das investigações já que ele seria o principal fornecedor de armas e munições para as ações da quadrilha.

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?Todas essas prisões representam um choque para o crime organizado que tenta atuar em Curitiba. Acabamos com uma grande quadrilha e, agora, estamos atrás das suas ramificações. Quem estiver ligado com o grupo, vai ser preso?, disse o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, que coordenou a prisão.

Marcelo Claudino da Cruz é ex-presidiário e foi preso na manhã de domingo (22), por porte ilegal de arma. Os policiais entraram na casa do acusado com um mandado de busca e apreensão e encontraram uma pistola calibre 380. ?Descobrimos que ele tem até um escritório, onde faz negócios com os criminosos?, disse o delegado.

Na manhã desta segunda-feira (22), uma equipe do Cope foi ao escritório de Cruz, no Capão Raso, e apreendeu várias munições de calibre 9 mm e uma cápsula de fuzil. Segundo o delegado, no local funcionaria um falso escritório de publicidade, usado pelo ex-presidiário como fachada. ?Temos informações de que ele comercializava fuzis, granadas, pistolas e coletes balísticos. Agora vamos investigar onde estão estas armas e de onde elas vêm?, disse.

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Em interrogatório no Cope, Cruz confessou que guardava granadas e que repassou uma delas para uma pessoa há cerca de dez dias. ?Acreditamos que seja a granada encontrada em uma rua do Jardim Social, na semana passada. Agora, queremos identificar quem recebeu esta granada de Cruz?, disse. Há cerca de duas semanas, a Polícia Federal encontrou, também, na chácara de Cruz, em Mandirituba, um fuzil. Cruz não foi preso, porque não estava na chácara no momento. Por enquanto, Cruz vai responder por formação de quadrilha e porte ilegal de arma e pode pegar até 9 anos de reclusão como pena.