A polícia britânica prendeu ontem em Londres uma quadrilha de falsificação de passaportes. A polícia confiscou mais de mil documentos falsos em duas fábricas, incluindo passaportes brasileiros, russos e portugueses. Foram apreendidas também 40 mil libras esterlinas (cerca de R$ 180 mil). Pelo menos 12 das 22 pessoas suspeitas de integrarem o grupo são brasileiras.

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"Podemos confirmar que mais da metade dos detidos são cidadãos brasileiros", disse um porta-voz da Scotland Yard. Segundo ele, três dos presos foram encaminhados às autoridades de imigração para serem deportados do país e os 19 restantes deverão ser mantidos detidos e indiciados.

A operação da Scotland Yard, que teve o codinome Greenhill, foi uma das maiores já realizadas para se desbaratar fábricas de documentos falsos. Ela envolveu mais de cem policiais e durou cerca de dois meses. Segundo fontes policiais, passaportes falsos são negociados no país a preços que variam entre 1,5 mil e 3 mil libras esterlinas.

John Kielty, inspetor-chefe da Operação Maxim, unidade da Scotland Yard especializada no combate ao crime organizado, disse que as operações do grupo eram sofisticadas. "Essas pessoas estavam produzindo documentos de alta qualidade", afirmou. "Não se trata apenas do equipamento que elas usavam, mas da habilidade e experiência dessas pessoas, que formavam uma gangue criminosa bem organizada.

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Ele explicou que apesar de terem sido presos durante a operação, as três pessoas, "aparentemente cidadãos brasileiros", que serão deportadas, não tinham vinculação com a fraude e por estarem ilegais no país.

O policial disse ser impossível se calcular o número de documentos falsos produzidos e vendidos pelo grupo antes do esquema ter sido desbaratado. "Eles tinha duas fábricas que operavam num ritmo acelerado", disse. "Mas não sabemos dizer quantos documentos foram fabricados nos últimos meses.

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