Preso em Altamira é indiciado por homicídio qualificado

Amair Freijoli da Cunha, o Tato, um dos quatro acusados pelo assassinato da freira Dorothy Stang, está sendo indiciado por homicídio qualificado nos dois processos conduzidos em paralelo, o da Polícia Civil e o da Federal.

Segundo o delegado Waldir Freire, da Polícia Civil do Pará, o depoimento de Amair Freijoli da Cunha, o Tato, prestado hoje a policiais e promotores, revelou uma "íntima relação" com os demais suspeitos pelo crime contra a freira Dorothy Stang, assassinada no dia 12 em Anapu.

"Ele mente completamente em relação à versão das testemunhas, que dizem que ele discutiu com a freira, usando até palavras de baixo calão", afirmou o delegado, após ter acompanhado o depoimento do acusado de ter intermediado a contratação dos executores do crime para o suposto mandante, Vitalmiro Bastos de Moura. "Se ele está mentindo nesse pequeno detalhe,
ele está mentindo o tempo todo."

O delegado também chamou a atenção para a contradição de Tato afirmar ter atravessado a pé a mata entre Anapu e Belo Monte, onde foi encontrado no sábado pela polícia, enquanto não aparenta ferimentos, arranhões ou outros sinais de abatimento.

Segundo o promotor de Justiça de Altamira Edmilson Leray, no depoimento de hoje, Tato revelou que já foi condenado no Espírito Santo, sua terra natal, por receptação de carga roubada. A pena teria sido de um ano na prestação de serviços comunitários.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo