Vinte e um presos de alta periculosidade foram transferidos neste sábado (14) da Casa de Detenção José Maria Alves da Silva, conhecida como Urso Branco, em Rondônia, para a penitenciária federal de segurança máxima em Catanduvas, no oeste do Paraná. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária de Rondônia, os presos são os líderes de recentes rebeliões. A decisão da transferência foi tomada para evitar uma onda de mortes naquela unidade prisional.
A operação aconteceu sob forte aparato de segurança das polícias Federal e Militar de Rondônia e do Paraná, além da Polícia Rodoviária Federal. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxe os prisioneiros de Rondônia até o aeroporto de Cascavel, de onde seguiram pela BR-277 até Catanduvas. Em nota oficial, o secretário da Administração Penitenciária, Gilvan Ferro, disse que 21 presos foram transferidos para evitar uma chacina no Urso Branco, tendo em vista que a medida evitou uma rebelião. As conseqüências apontariam para um derramamento de sangue entre prisioneiros rivais.
A lista com os nomes dos presos transferidos não foi revelada por questões de segurança. A última rebelião esta semana terminou com uma morte e seis detentos feridos gravemente. Esta é quarta transferência de presos para a penitenciária federal de Catanduvas, inaugurada em 23 de junho com capacidade para 208 pessoas. A unidade agora soma 88 detentos, entre eles o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, o primeiro preso da unidade federal.