Presidentes dos EUA e Colômbia discutem livre comércio em meio a protestos

Depois de passar pelo Brasil e o Uruguai, opresidente dos Estados Unidos, George W. Bush, cumpre neste domingo (11) a sua terceira etapa da viagem a cinco países da América latina, com uma rápida visita, de apenas seis horas, a Bogotá, na Colômbia.

Ele terá uma reunião com o presidente colombiano Álvaro Uribe. De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, os dois chefes de Estado vão discutir temas como o Tratado do Livre Comércio (TLC), jáaprovado por Bogotá e Washington, desde novembro do ano passado, mas que aindadepende da ratificação do congresso norte-americano.

Ontem (10), o presidente norte-americano também conversou sobre ampliação de comércio com o presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez. Após o encontro em sua residência oficial, a 200 quilômetros de Montevidéu,Vásquez defendeu o direito a negociações bilaterais para os países queintegram o Mercosul. As regras do bloco impedem a assinatura detratados isolados de livre comércio.

Representantes de partidos da oposição esindicalistas colombianos prepararam manifestações de protestos contra Bush, a exemplo doque ocorreu em São Paulo na última quinta-feira (9), véspera da assinatura doacordo de cooperação tecnológica na área de biocombustíveis com o presidente daRepública, Luiz Inácio Lula da Silva.

A Central Única de Trabalhadores (CUT) colombianaconvocou uma manifestação para a região central de Bogotá com o objetivo dedemonstrar ao presidente Bush, o quanto política internacional conduzida porele é contestada, bem como a interferência realizada nos assuntos da Colômbia.

A Polícia Metropolitana de Bogotá montou umesquema de segurança que inclui a participação de 22 mil homens. Foram tomadasmedidas como Lei Seca (proibição de venda de bebidas alcoólicas) e restrição decirculação de motocicletas com passageiros.

Ainda assim, no início da tarde, três pessoas acabaram feridasem uma explosão. Policiais conseguiram desativar outros quatro explosivos. Durantea semana, o diretor da polícia colombiana, general Jorge Castro, disse que asForças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) estariam planejando açõesdesse tipo.

Para o porta-voz do grupo, Raúl Reyes, Bush eUribe se apóiam mutuamente porque estão desprestigiados no mundo. Reyes acusaos dois presidentes de protagonistas de guerras. Bush vai onde existemgovernos que defendem os interesses do imperialismo norte-americano, afirmou oporta-voz, em entrevista a jornalistas colombianos.

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