Uma outra medida sancionada, nesta sexta-feira, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a lei que cria o programa Escola de Fábrica. A iniciativa pretende estimular a capacitação profissional de jovens de baixa renda em escolas montadas no local de trabalho.

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São oferecidos cursos como de metalurgia, agricultura, hotelaria, padaria, marcenaria, informática e comércio. A lei prevê também auxílio de até R$ 150 por mês para os alunos participantes.

Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o projeto é a realização de um antigo sonho dos educadores. "É levar educação para o ambiente de trabalho. Isso já era uma determinação da lei de diretrizes e bases da educação mas nunca concretizada", afirmou.

Além da bolsa, os jovens recebem ainda alimentação, uniforme, transporte, material didático e seguro de vida. Para participar do programa é preciso ter entre 16 e 24 anos, renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, e estar matriculado na rede pública no nível básico ou de educação para jovens e adultos.

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A estudante Jeane Lima Freire, de 18 anos, é uma das participantes do programa Fábrica de Escola em Ipirá, no sertão baiano. Jeane acredita que o projeto será uma oportunidade de vencer a baixa qualificação profissional. "Esta é a nossa oportunidade de mostrar nossa criatividade, inteligência e capacidade de aprender a fazer fazendo".

A jovem também destacou que a interiorização do programa dá acesso aos jovens do interior do país a cursos de capacitação. "Até então não tínhamos meios e apoios necessários nos programas governamentais. Os grupos de formação profissional estavam concentrados nos grandes centros urbanos", contou ela.

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Por medida provisória, o Escola de Fábrica já está sendo implantado. Este mês, o programa teve início nos estados da Bahia, Paraná, São Paulo e Santa Catarina. A meta é atender 11,5 mil jovens de baixa renda ainda este ano. O investimento previsto para 2005 é de R$ 25 milhões.

Atualmente, o programa está presente em 19 estados e 252 municípios do país. No total, foram recebidas 552 propostas de escolas de fábrica. A previsão é que sejam criadas cerca de 500 unidades de formação dentro das empresas participantes e atender 75 mil jovens até 2006.