Presidente reeleito para CNI toma posse e pede reformas urgentes para País

Brasília – Ao tomar posse como presidente reeleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou que o principal desafio dos próximos quatro de sua gestão à frente da entidade é o de ajudar o Brasil a crescer. Contudo, Monteiro se mostrou preocupado com o atual momento político do país, onde, em sua opinião, há uma ?tensão política? entre oposição e governo, o que pode ocasionar prejuízos à economia nacional.

A posse ocorreu na sede da CNI, em Brasília, e reuniu presidentes das federações estaduais das indústrias, além de representantes de diversos segmentos do setor. ?O tema central de nossa gestão é o crescimento do país. Está na hora de fazermos mais engenharia e menos arquitetura, pois a nossa economia está travada há 20 anos?, frisou Monteiro. Em seguida, sublinhou que o Brasil precisa de reformas urgentes, destacando as reformas fiscal e tributária como essenciais.

O presidente da CNI avalia que somente uma aliança nacional, reunindo os diversos setores, pode tirar o país ?dessa equação do baixo crescimento, onde há uma grande arrecadação tributária e poucos investimentos?. Para ele, o primeiro passo para esse entendimento passaria pelo ambiente político, que anda bastante ?tensionado?. O que requer, por parte da CNI, disse Monteiro, um papel político mais ativo.

?Seja Lula ou Alckmin, nós vamos ter dificuldades com o atual ambiente político. Todos os setores da sociedade, incluindo a CNI, precisam se unir na busca de um entendimento mínimo em termos suprapartidários. Precisamos pensar no país, pois haverá dificuldades?, assinalou. Monteiro criticou, ainda, a campanha eleitoral para presidente. Segundo ele, os candidatos ainda não apresentaram propostas para a questão fiscal do país.

Uma agenda econômica, preparada pela CNI, será apresentada aos dois candidatos. Caso não dê tempo até a realização do segundo turno, a entidade encaminhará as propostas ao presidente eleito e à oposição. ?O Brasil está nessa armadilha, aumentando a carga tributária cada vez mais e diminuindo o investimento público. É preciso reduzir gastos e depois fazer a desoneração tributária?, destacou.

Armando Monteiro criticou ainda a taxa de juros e o mecanismo de cobrança tributária. Por fim, o presidente da CNI afirmou que o setor espera juros reais na casa de um dígito, até o final do ano. E, finalizando, disse que a CPMF é um imposto cumulativo e de má qualidade. ?Se fosse um imposto para cumprir uma função de caráter fiscalizatório, com uma alíquota ínfima para cumprir esse papel, seria aceitável. Agora, como um imposto em bases permanentes, é algo ruim para o país?, concluiu.

Armando Monteiro Neto (PMDB) foi reeleito deputado federal por Pernambuco com 205.212 votos. Nasceu em 1952 e é formado em Administração de Empresas e Direito. Desde 2000, integra a lista dos ?100 Cabeças do Congresso?, indicador elaborado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo