Presidente norte-americano tem até setembro para justificar guerra

Democratas e republicanos estão muito próximos de um acordo sobre uma data comum que determine o início da retirada americana do Iraque. De acordo com os congressistas, o presidente George W. Bush teria até setembro para mostrar que o aumento das tropas está dando resultado. A data é baseada nas informações do general David Petraeus, comandante-geral das forças americanas no Iraque, que afirmou ao Congresso que até setembro o Exército já teria uma idéia se o reforço militar teve ou não algum impacto na segurança de Bagdá.

"Muitos prometeram esperar até setembro. Depois disso, eu não serei mais o único republicano a reivindicar uma mudança em nossa política no Iraque", disse o senador republicano Gordon Smith. "Setembro é um mês chave. Se não virmos uma luz no fim do túnel, a coisa vai complicar para o governo", afirmou o deputado republicano James Moran. Enquanto isso, para não deixar os soldados sem recursos no front, oposição e governo tentam um acordo para liberar fundos o mais rápido possível. A nova proposta democrata é financiar a guerra até julho, dando ao Congresso a possibilidade de cortar o financiamento as coisas não melhorem até lá.

Segundo o deputado democrata Steny Hoyer, se os líderes concordarem, a nova proposta pode ser votada amanhã. "A medida seria capaz de avaliar o progresso militar no Iraque antes de abrir os cofres novamente", disse Hoyer. De acordo com os termos do projeto democrata, até o fim de maio os militares receberiam uma primeira remessa de US$ 60 bilhões, suficientes até o fim de agosto. Em julho, o Congresso avaliaria o progresso feito pelo Exército e, caso achasse conveniente, liberaria os US$ 60 bilhões restantes.

A iniciativa foi prontamente condenada pelos republicanos. "A idéia de fazer um projeto de lei de curto prazo priva os militares da possibilidade de planejamento", afirmou Tony Snow, porta-voz da Casa Branca.

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