O presidente da República em exercício, Aldo Rebelo (PCdoB), defendeu nesta segunda-feira (13) o fim da guerra fiscal no País. Em palestra proferida na Fundação Mário Covas, ele destacou que é fundamental acabar com a guerra fiscal, reduzir a carga tributária e realizar o pacto federativo como alavanca para que o Brasil seja mais competitivo. "Precisamos enfrentar a dura concorrência internacional", argumentou.
Ao falar sobre a necessidade de realização de um pacto federativo, bandeira que vem sendo levantada por algumas lideranças tucanas, tais como o governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves, Rebelo destacou: "Só alcançaremos a alavanca da competitividade pelo pacto federativo, que dê a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".
Depois da palestra na Fundação Mário Covas, o presidente da República em exercício concedeu rápida entrevista coletiva, destacando a crença na colaboração que o PSDB vai dar às reformas que o País precisa. "O PSDB teve um papel construtivo na solução da guerra fiscal no País, pois fez concessões importantes na redução da sua fatia na carga tributária. Eu acredito que o PSDB terá uma posição construtiva nas matérias de interesse do País e do povo brasileiro", afirmou.
Aldo Rebelo foi evasivo ao comentar sobre a presidência da Câmara dos Deputados, já que, de acordo com informações de bastidores, ele almeja ser reconduzido para o segundo mandato na direção da Casa. Ele falou apenas que o PMDB tem direito de reivindicar essa presidência, e admitiu: "nenhum governo hoje pode fazer maioria sem a participação do PMDB".
Ainda a respeito da guerra fiscal, o presidente da República em exercício disse que este é o momento adequado para se discutir esta e outras questões de interesse do País. "E o Congresso Nacional deve ser o ambiente para que essas discussões ocorram", afirmou.
Ao falar de sua interinidade na Presidência da República, Aldo disse que a breve passagem no cargo é um testemunho de que a democracia é possível no Brasil. "Sou apenas um cidadão a quem a Constituição atribui a função de substituir o presidente da República", afirmou. Ele disse que a atitude ideal de um substituto de Lula no cargo deve ser a máxima discrição. E também desejou que o vice-presidente da República, José Alencar, que está em tratamento médico nos Estados Unidos, se restabeleça rapidamente.