Presidente do STJ, Edson Vidigal, critica a greve dos bancários

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, afirmou que está preocupado com a longa duração da greve dos bancários e o fato de ela poder prejudicar o pagamento dos aposentados. Vidigal associou o movimento dos bancários à paralisação de três meses feita pelos servidores do Poder Judiciário em São Paulo, afirmando que “coisas desse tipo é que transformam essas greves em algo antipático para a opinião pública”.

“Todo movimento reivindicatório classista tem como objetivo, obviamente, o atendimento de alguma reivindicação social. Mas é inadmissível um movimento reivindicatório se pondo na contramão de outros interesses sociais. É preciso pensar nas pessoas menos aquinhoadas, como é o caso dos aposentados”, afirmou o ministro. “Afinal de contas, o que eles têm a ver com as divergências entre patrões e empregados?” O questionamento foi feito ontem à noite, em São Paulo, durante a solenidade de premiação das melhor es empresas do ano, promovida pela revista IstoÉ Dinheiro.

Vidigal avalia que o comando de greve poderia ter montado algum tipo de esquema especial para atender os aposentados. “Seria mais interessante que o sindicato dos bancários articulasse um plantão para que as categorias menos favorecidas não fossem tão prejudicadas”, disse.

O presidente do STJ já tinha se manifestado duramente contra a greve do Judiciário paulista, na semana passada, chegando mesmo a defender a intervenção do governo federal no Estado para acabar com o movimento grevista.Foi criticado por grevistas e por autoridades do governo paulista, mas o peso de sua crítica acabou contribuindo para o fim da greve, na mesma semana.

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