O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, afirmou que não é bom para o Brasil abrir os arquivos do governo do tempo da ditadura militar. Para ele, esse tema “é incabível” em qualquer agenda do governo. “Não ajuda o País remexer nas fissuras e tentar ferir nas feridas que já cicatrizaram”, afirmou o ministro, ao participar de solenidade alusiva ao Dia do Aviador, na Base Aérea de Brasília.
Vidigal disse que há muito mais coisas importantes a se fazer. Ele citou música do cantor Raul Seixas para justificar seu raciocínio. “E agora eu me pergunto. E daí? Eu tenho uma porção de coisas para conquistar e não posso ficar aqui parado”, citou. O ministro disse que o País tem que olhar para frente e que há uma comissão no Executivo que examina e ressarci as famílias que foram prejudicadas por eventuais danos causados por excesso do Estado. Ele disse que as ações estão sendo analisadas e que as famílias estão sendo indenizadas.
Para o ministro, se a época da ditadura voltar a ser discutida, o País corre o risco de ser como as mulheres do velho testamento. “Que de tanto olhar para trás, viravam pedra de sal”. Ele disse que o caso do jornalista Vladimir Herzog já foi resolvido porque a família moveu uma ação contra a União e a Justiça determinou o pagamento de indenização. Ele lembrou que a própria família do jornalista é contra a reabertura do caso.
Presidente do STJ é contra abrir arquivos da ditadura
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