O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que considerou correta e equilibrada a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reforma ministerial. "Vamos continuar deixando o presidente à vontade para que possa fazer uma reforma como ele quer, como o país quer, que melhore o funcionamento do governo", afirmou o senador. Não havendo reforma, ninguém se fortaleceu, ressaltou Calheiros.
Ele disse que o presidente não informou textualmente o motivo do adiamento da reforma, que, em sua opinião, "é óbvio". "Fica absolutamente claro que ele não quer que haja pressão sobre a reforma que ele quer fazer", destacou Calheiros. O senador recorreu à Terceira Lei de Newton, segundo a qual a toda ação corresponde uma reação, para explicar a decisão de Lula. "Só os físicos, inspirados na Lei de Newton, podem explicar a reação presidencial", afirmou.
Ontem em Curitiba, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), condicionou o apoio de seu partido ao governo à indicação do deputado Ciro Nogueira (PP-PI) para o Ministério das Comunicações. O presidente do PP, Pedro Côrrea, disse, porém, que Cavalcanti não teve intenção de colocar a "faca no pescoço de Lula".