Presidente do PSDB desafia Lula a explicar origem de dinheiro

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), desafiou, nesta sexta-feira (6) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, a revelar no debate da TV Bandeirantes a origem do dinheiro (R$ 1,7 milhão), que seria usado na compra do dossiê Vedoin. O debate está marcado para domingo à noite e será o primeiro deste segundo turno. Lula e o candidato tucano, Geraldo Alckmin, confirmaram presença.

"Espero que o presidente Lula tenha condições de dizer pro País de onde veio aquele dinheirão. Aquela mala de dinheiro que apareceu; que ele diga pro País de onde veio", disse Tasso, após participar nesta sexta-feira de um almoço em um hotel de Fortaleza. Nele, estavam mais de 500 lideranças tucanas do Estado.

Sobre a manifestação de apoio de Anthony Garotinho a Alckmin, Tasso disse ser um ganho e ainda fez questão de elogiar o ex-governador do Rio de Janeiro. "Todo apoio que a gente recebe é ganho. E candidato não recusa apoio e nem recusa voto, principalmente, quando vem de uma liderança importante do Rio de Janeiro", comentou. O senador cearense estimulou a militância a reverter o desempenho de Alckmin no Ceará, estado onde, no primeiro turno obteve apenas 22,79% dos votos válidos contra 71 22% alcançados por Lula.

Segundo Tasso, a militância tucana está mais empolgada neste segundo turno e Alckmin terá muito mais votos no Estado. "A população estava meio adormecida em função de alguns medos e agora ela está consciente do que está acontecendo no País", comentou.

Também nesta sexta-feira, o governador eleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), reuniu lideranças locais para estimular o trabalho em prol de Lula no segundo turno. O encontro – um café da manhã – aconteceu em um outro hotel da cidade e reuniu cerca de 200 pessoas, sendo 100 prefeitos, dos quais 22 filiados ao PSDB. Informado sobre a participação dos tucanos no evento em prol de Lula, Tasso disse não ter problema alguns os prefeitos irem conhecer o novo governador do Estado. Mas ameaçou de expulsão do partido caso os mesmos votem no candidato do PT.

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