O presidente do Equador, Rafael Correa, defendeu na Cúpula do Mercosul que os países da América do Sul devem buscar uma integração financeira entre si que lhes permita não depender mais de organismos multilaterais como o FMI e o Banco Mundial, nem de dólares, mas de moedas dos países sul-americanos. "É urgente ter um fundo sul-americano ou um Banco do Sul, como se queira chamar", afirmou.
De acordo com ele, o trabalho deve ter supremacia sobre o capital. Em discurso no estilo do presidente venezuelano Hugo Chávez, Correa disse que "a mobilidade de capitais é uma das piores reformas que o mundo fez". E apresentou propostas para dar mobilidade de trabalho, como a de criação de padrões para as universidades dos países da América do Sul, de forma a permitir que os diplomas de cada país sejam reconhecidos nos demais.
Para ele, a integração não deve ser apenas de mercados. "Não quero ver um grande mercado latino-americano. Quero uma grande nação latino-americana", disse. De acordo com ele, há "um populismo do capital que tem que ser superado". Para ele, a idéia de autonomia de bancos centrais "não tem nenhum sentido técnico".