Rio de Janeiro – O Brasil não tem condições de ofertar energia a preço econômico para os consumidores e, ao mesmo tempo, garantir o crescimento da economia, sem a ampliação da oferta de energia hidrelétrica.
A afirmação é do presidente de Furnas Centrais Elétricas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, que defendeu nesta quinta-feira (26) uma rediscussão sobre o percentual das hidrelétricas na matriz brasileira.
Segundo Oliveira, o atraso na construção das usinas termoelétricas previstas no Plano Decenal, e que viabilizarão a geração de mais 100 mil megawatts, poderá levar o país a utilizar energia mais poluente, como o combustível fóssil, "que é muito mais caro e danifica o meio ambiente".
Depois de lembrar que Estados Unidos, França, Inglaterra e países nórdicos "não abriram mão da hidreletricidade", o presidente de Furnas disse que "há espaço para que o Brasil aproveite os megawatts disponíveis em termos de energia hídrica e, ao mesmo tempo, respeite o meio ambiente".
E acrescentou: ?Nós temos a opção nuclear, o gás natural, o gás natural liquefeito, e temos a queima de carvão ? que pode ser importado ou nacional ?, além do óleo. Todas essas fontes, no entanto, são muito mais caras e, algumas, infinitamente mais poluentes – à exceção da energia nuclear?.