O presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agnelli, voltou a afirmar que o leilão da empresa, ocorrido em 1997, foi transparente e não tem motivos para ser questionado. Segundo ele, o processo de privatização da companhia, que pertencia à União, foi aberto a empresas de todo o mundo, apesar de apenas duas terem manifestado interesse.
Em outubro do ano passado, o Tribunal Regional Federal de Brasília determinou uma perícia técnica no processo de privatização, a fim de verificar se o patrimônio da empresa foi subavaliado. Em 1997, o governo federal vendeu a mineradora por US$ 3,3 bilhões, enquanto que a consultoria Economática avaliava o preço de mercado da estatal em cerca de US$ 37 bilhões.
"Questionar alguma coisa que foi transparente, que foi uma disputa aberta e que deu oportunidade a todos de participar é um direito que qualquer um tem. Mas eu acredito que, no final de tudo, vamos ter a Justiça decidindo aquilo que é justo", afirmou.
Segundo Agnelli, a companhia privatizada cresceu e está investindo mais do que na época em que estava sob controle da União "Ela está gerando mais emprego, está exportando mais, está muito mais eficiente", acrescentou.