O presidente da seção latino-americana da Sociedade Americana de Energia Nuclear (LAS), Zieli Dutra, defendeu a ampliação do programa nuclear brasileiro, com a construção da usina Angra 3, como alternativa para diminuir a dependência da importação de petróleo e gás natural. Ao participar da abertura da reunião anual da entidade hoje(13), Zieli Dutra destacou que o Brasil está em uma posição favorável frente a outros países, inclusive da Europa, porque domina a fabricação e o enriquecimento do urânio.

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"Além de servir para a geração de energia elétrica e para o uso na medicina, a energia nuclear pode substituir o gás natural importado da Bolívia no abastecimento de nossas usinas térmicas."

Dutra, que já foi presidente da Eletronuclear, enfatizou que a LAS não interfere nas políticas internas dos países, mas que faz as recomendações sobre os benefícios e segurança do uso da energia nuclear. "A LAS pode mostrar o quanto a energia nuclear é segura no mundo e o quanto os reatores PWR (usados pelo Brasil) não geram acidentes nucleares como Chernobil", destacou.

A construção da usina Angra 3 ainda está sendo analisada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) do Ministério de Minas e Energia e, de acordo com Zieli Dutra, a expectativa é que o governo autorize o início das obras ainda neste ano.

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O encontro da LAS, que acontece até quinta-feira, em um hotel na zona sul do Rio de Janeiro, tem como tema principal a manutenção e expansão de programas nucleares na América Latina. Participam especialistas do Brasil, Argentina, México e Chile, os quatro países da América Latina que dispõem da tecnologia nuclear.