Brasília ? O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, disse hoje (7) que seria "precipitado" pedir neste momento o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não temos ainda dentro da Casa uma posição concreta em relação às denúncias que estão sendo veiculadas", afirmou.

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A OAB decidiu criar uma comissão para buscar informações sobre a crise política. Segundo Busato, essa comissão poderá obter informações "concretas" para que a Ordem se posicione sobre o pedido de impeachment. "Essa comissão poderá trabalhar junto aos membros da CPI, junto à Frente Parlamentar da Advocacia no sentido de trazer elementos convincentes à entidade para tomar seu posicionamento", destacou.

Segundo Busato, a OAB vai promover também audiências públicas para discutir o assunto com instituições da sociedade civil, para "discutir essa crise ética" e tomar dar à OAB indicação do rumo a tomar. Ele ressaltou que "o presidente Lula ainda guarda uma certa credibilidade que vem da sua longa história na vida política" perante alguns setores da sociedade. Para ele, ainda falta "clamor popular" para se pedir o impeachment. "Na parte jurídica, na minha convicção, já tem indícios do problema com o presidente. Mas o clamor popular ainda é uma coisa que não é palpável", destacou.

O presidente da Ordem disse que a discussão sobre a proposta de impeachment deve ser retomada na próxima reunião plenária do Conselho Federal, marcada para os dias 5 e 6 de dezembro. "A não ser que haja necessidade da convocação do Conselho Federal de forma extraordinária", afirmou Busato. A proposta de impeachment foi apresentada pela conselheira federal pelo Mato Grosso do Sul, Elenice Carille.

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