O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, disse que o sistema de tráfego aéreo no Brasil é seguro. "Os transtornos estão ocorrendo. Mas isso não significa que o sistema não seja seguro", afirmou Oliveira Júnior, em depoimento na CPI do Apagão Aéreo, na Câmara dos Deputados. Segundo ele é preciso se perguntar por que tudo ia bem até setembro de 2006, quando houve o acidente com um Boeing da empresa, e depois tudo piorou. Para o presidente da Gol são necessários investimentos no sistema aeroportuário.
Sem apontar números ele disse que a crise no setor aéreo tem gerado prejuízos às empresas. Apesar de ressaltar, mais de uma vez, que o sistema do controle aéreo é seguro, o executivo ponderou, no entanto, que não é infalível. "Assim como qualquer outro sistema, ele tem características que exigem atenção de quem o usa", disse.
Ele voltou a reclamar que às vezes faltam informações às empresas aéreas para acalmar os clientes quando ocorrem problemas de atraso e cancelamento de vôos, por parte da Infraero. Sobre os recentes incidentes, em São Paulo, envolvendo interferências de rádios piratas, nas comunicações de aviões com os controladores de vôo, Constantino disse que isso é um problema que deve ser tratado com atenção, mas ressaltou que a interferência das rádios piratas "não chega a pôr em risco a operação das aeronaves".