Presidente da Embrapa defende novas formas de parceria com iniciativa privada

Brasília – A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) completa amanhã (26) 33 anos. Vinculada ao Ministério da Agricultura, ela tem um orçamento anual de quase R$ 900 milhões. Os recursos são públicos.

Em entrevista para jornalistas, o presidente da empresa, Silvio Crestana, defendeu hoje (25) a criação de mecanismos que permitam e incentivem a ampliação de investimentos privados em projetos de parceria.

"Temos que criar novas formas de trabalharmos juntos, em consórcios, em sociedades", disse Crestana. "A Lei de Inovação, por exemplo, permite a criação de sociedade de propósito específico, em que uma instituição como a Embrapa pode entrar como sócia em até 49% dos ativos dessa sociedade."

O presidente da Embrapa lembrou que, enquanto o Brasil investe cerca de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB), países desenvolvidos chegam a investir o dobro. O investimento seria baixo mesmo quando comparado com nações emergentes, como China, Índia, Coréia, Austrália, Nova Zelândia e México.

"É preciso aumentar a porcentagem do PIB para investimentos em pesquisa, mas o setor público está limitado ao valor entre 1% e 1,5%", lembrou Crestana. Segundo ele, mesmo com diferença grande de recursos aplicados, os brasileiros demonstram capacidade para a pesquisa.

"Se a gente pensar em biotecnologia, estamos investindo relativamente pouco. Em nanotecnologia, estamos ainda começando a investir. Em áreas como alimento, saúde e nutrição, estamos engatinhando", avaliou o presidente da Embrapa.

"Isso não quer dizer que não sejamos capazes. Nós temos mostrado inteligência suficiente, mas os recursos são muito menores."

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