O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, disse hoje que se o governo mantiver a proposta de elevar o salário mínimo para R$ 350,00, não haverá acordo. "De jeito nenhum. Nenhuma central sindical veio aqui para dizer sim quando já dissemos não três vezes". Felício falou no Ministério do Trabalho, antes da reunião que discutirá o reajuste do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR).
Os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, não participarão do encontro, como estava previsto. O presidente da CUT não vê problema na ausência dos ministros. Para ele, o importante é que quem participe da negociação seja representante do governo "Não importa quem venha, desde que negocie em nome do governo". João Felício disse também que espera que o reajuste da tabela do IR seja superior aos 8,67%, segundo ele, propostos pelo governo no ano passado.
Devem participar da reunião o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, dirigentes da CUT, Força Sindical, Central Autônoma dos Trabalhadores, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Confederação Geral dos Trabalhadores e Social Democracia Sindical.
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