O líder do PT no Senado e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, Delcídio Amaral (MS), reclamou, nesta sexta-feira, ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que o Banco do Brasil (BB) não colabora com os trabalhos da comissão.

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Além da demora, o BB também enviou alguns dados incompletos e outros errados, o que dificulta as atividades da CPI. De acordo com o sub-relator da CPI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), a questão que ocorre com o banco é "muito séria" e precisa ser solucionada.

Por causa disso, Amaral reuniu-se na noite desta quinta-feira, com a direção da instituição financeira e informou que a paciência dele havia se esgotado.

"Foi um diálogo pesado, mas muito positivo", disse Fruet. A comissão deu até segunda-feira para a instituição entregar todos os dados pedidos.

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"Os dados têm de estar completos, as planilhas têm de estar nos padrões estabelecidos e não pode mais haver inconsistência no banco de dados" , destacou o sub-relator da CPI dos Correios.

Uma das dificuldades com que a CPI se deparou ao receber os dados da estatal foi com relação às contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

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Na primeira avaliação, as contas registram um déficit de quase R$ 190 milhões na movimentação. Já no envio do segundo banco de dados, as contas de Valério registram superávit de quase R$ 60 milhões.

"Há uma diferença de R$ 250 milhões, e isso não é um mero erro contábil", criticou Fruet. Após se reunir com Palocci no Palácio do Planalto, o líder do PT no Senado saiu pela garagem e não deu declarações.

A assessoria da CPI confirmou, contudo, que a reclamação sobre a empresa era um dos temas na pauta da conversa.

O encontro foi reservado e durou cerca de 30 minutos. Na segunda-feira, Amaral estará em São Paulo para participar de um almoço na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), às 13 horas.