O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve dar prioridade à questão fiscal no segundo mandato. A afirmação foi feita pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, ao comentar o resultado do segundo turno das eleições presidenciais.

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Segundo Monteiro Neto, o governo precisa assumir uma nova postura na área fiscal, no sentido de controlar, racionalizar e até mesmo cortar gastos, para que o setor público recupere sua capacidade de investimento e o setor privado possa ser desonerado, gradualmente, com redução da carga tributária.

O presidente da CNI, que também foi reconduzido para mais um mandato no cargo, disse que o Brasil precisa crescer mais e melhor. ?Para isso, é necessário completar o ciclo de reformas e, sobretudo, priorizar a agenda pró-crescimento", aproveitando o cenário macroeconômico favorável, aqui e lá fora.

Ele destacou que o governo precisa retomar a reforma tributária, condição fundamental, na sua opinião, para o país reduzir as taxas de juros e criar um ciclo de crescimento sustentável para os próximos anos.

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Monteiro Neto disse que há uma série de questões ainda pendentes na agenda governamental, relacionadas com a racionalização do sistema tributário, a redução da burocracia, a melhoria do clima de negócios, o estímulo aos investimentos privados, a definição de marcos regulatórios e o fortalecimento das agências reguladoras.

O industrial entende, porém, que o governo não pode descuidar dos muitos desafios em outras áreas estratégicas, como a educação, por exemplo. De acordo com o presidente da CNI, "o Brasil precisa buscar cada vez mais um sistema educacional flexível, de boa qualidade, que possa colocar o país em condições de garantir uma inserção nessa nova economia do conhecimento".

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